tag:blogger.com,1999:blog-78707585339132806192024-03-19T03:25:44.983+00:00THE INSTANT BEFORETodos os momentos são o instante imediatamente anterior a acontecer algo, nem que seja um outro instante.
Estamos a um instante de um nascimento, a um instante de nos apaixonarmos, a um instante de uma grande dor e a um instante da nossa própria morte.PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-39168131292157876562014-12-15T18:37:00.002+00:002014-12-17T19:00:37.310+00:00QUANTAS VIDAS<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Quantas vidas
eu queria<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Manhãs,
tardes, todo o dia<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Para cuidar
do teu sorriso<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Meu ouro era
ter-te comigo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
De ti,
quantos mil anos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
De amor,
momentos e beijos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Uma vida ao
teu lado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Quem me dera
esse fado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Todas as
manhãs acordar<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Incrédulo por
te abraçar<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Para ti
queria mais uma vida<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Estar contigo todos os dias<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Ao olhar o horizonte à
janela<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Ao cruzar lento dos ponteiros<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Dias passam
que me lamento<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Outros em que esqueço o desejo</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
E pudesse eu
escolher<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Escolhia
partir-me em mil<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Em mil
pedaços para te ter<o:p></o:p></div>
Em mil
vidas dividir-me<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<o:p></o:p></div>
PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-5669231127888767192014-02-07T12:09:00.000+00:002015-02-19T18:32:53.291+00:00DespedidaE é quando me sinto a perder-te, e o comboio corre o rio devagar, que me foge o sol e o chão e se me entristece o olhar.<br />
E, naquele mundo que não existe, poderia explicar-te aquilo que sinto.<br />
E, naquele mundo que não existe, tu poderias compreendê-lo.PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-63774480911768566542013-11-06T23:28:00.001+00:002014-07-30T16:30:49.940+01:00APOSTAAposto que o sol se embaraça quando sais à rua<br />
<div class="MsoPlainText">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
E que ainda trazes contigo aquele teu jeito de andar<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
Que, não lhe chegasse a eterna concorrência da lua,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
Inveja a tua arte de prender corações só com um olhar<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
<br /></div>
<div class="MsoPlainText">
Que se eu me tivesse cruzado contigo esta tarde,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
Talvez ficasse de coração apertado e pernas a tremer<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
Dividido entre ficar a olhar-te e fugir para outro lado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
Com medo de tudo aquilo que te queria dizer<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
<br /></div>
<div class="MsoPlainText">
Que guardo presente nas minhas memórias<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
Mais do que outra qualquer que queira recordar<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
O meu silêncio e dilema no banco daquela paragem<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
Os amarelos e dourados, os teus lábios a chamar<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
<br /></div>
<div class="MsoPlainText">
E aposto que ainda hoje o sol se envergonha<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
E espero que saibas mesmo sem que nunca te tenha dito<o:p></o:p></div>
<div class="MsoPlainText">
Que no meu diário de bordo não és só uma folha<o:p></o:p></div>
És estrela cadente e fruto proibido<br />
<div class="MsoPlainText">
<o:p></o:p></div>
PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-50468455385847261872012-05-14T19:32:00.000+01:002012-10-02T11:17:58.176+01:00O meu caminho é por onde vaisAgarra-te a mim<br />
Finge que ninguém está a olhar<br />
O tempo parou<br />
Não há razão para me largares<br />
E até que exausto<br />
Vou continuar a te abraçar<br />
Enquanto estiveres aqui<br />
É aqui que quero estar<br />
<br />
Tu fazes-me falta<br />
E o pouco que te consigo ver<br />
Sabe-me a tanto<br />
Demais para te perder<br />
Hoje não me vou deitar<br />
Fico acordado à tua beira<br />
As tuas mãos eu não largo mais<br />
O meu caminho é por onde vais<br />
<br />
Nesta viagem por entre serras<br />
Lá aparecem algumas rectas<br />
Destapam-nos o céu<br />
Mostram-nos as estrelas<br />
Passeio na areia<br />
E sigo o rasto do teu nome<br />
Tão-pouco peço mais<br />
O meu caminho é por onde vaisPEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-29055331807820937002011-02-19T18:53:00.006+00:002013-11-12T18:26:50.013+00:00Dois Destinos<span style="font-size: 90%;"><span style="font-size: 100%;">Com um abraço mudei as estrelas e descansei-te desses passos perdidos<br />Dei-te pouco, uma almofada de penas, um tecto, e ganhei um amigo<br />Aquele destino, o teu, errante e sombrio, decidi que não podia ser assim<br />Mas não foi o único que mudou, o meu, já não sei como seria sem ti<br /><br />Contigo enterro os meus problemas, és tão fácil de gostar<br />Gostar porque sim, gostar apenas, aprendi contigo a gostar por gostar<br />E no final, para quê palavras se um olhar basta, e o teu nem sabe fingir<br />Diz “obrigado!”, “sinto-me em casa!”, diz “vem daí!” e sorri<br /><br />Quando mudei o teu destino, nem me apercebi<br />No dia em que te escolhi, também foi a mim que escolhi</span></span><br />
<span style="font-size: 90%;"><span style="font-size: 100%;"><br /></span></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8EzL6i2GKSiHgWUrNfl0GSct5qEVw1PaTnm0d44rcXwe25X4LXDLobYmzoX9qX_niWKkiQIEOD-QEHjrsZsfAW_zxD4H5vtjeT2AJO3MThrj9WrKNwAhkYm3ugtaqYIPO_FJ92iFBTMdb/s1600/woman-and-dog-2.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575482978378302562" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8EzL6i2GKSiHgWUrNfl0GSct5qEVw1PaTnm0d44rcXwe25X4LXDLobYmzoX9qX_niWKkiQIEOD-QEHjrsZsfAW_zxD4H5vtjeT2AJO3MThrj9WrKNwAhkYm3ugtaqYIPO_FJ92iFBTMdb/s320/woman-and-dog-2.jpg" style="cursor: hand; height: 204px; width: 271px;" /></a>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-31690700726552038132011-02-08T17:56:00.002+00:002011-02-25T19:28:17.790+00:00Picked YouFirst the dark, then a bang,<br />An explosion of light, my friend<br />Then an island with palm trees<br />Beautiful mountains and seven seas<br /><br />It seems like God picked you up for me<br />One of His wonders and mysteries<br />It seems like God has picked you up for me<br />Lucky me, so lucky mePEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-76307660562381896982011-01-24T23:02:00.007+00:002011-01-24T23:30:19.205+00:00O ProibidoMeu amor tenta entender<br />que este lado sentimental<br />ocupa todo o meu ser<br />e é difícil desligá-lo.<br />Mesmo quando não estou contigo<br />o carinho sai perdido<br />para junto de quem apareça.<br /><br />Verdes olhos que me chamam,<br />suaves rostos a pincel,<br />elas não sabem que te amo<br />e eu finjo que não sou teu.<br />É um jogo muito antigo<br />brincar com o proibido,<br />mas por fim é só contigo,<br />que este barco desventurado,<br />exausto, negado, tolhido,<br />aporta e se amarra à paz,<br />se inventa e se refaz.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs5eQD698D4S7gbZGgf70gpr5Oc1yhRvYY38gl3D1FDEu8PPBnPAaWqLhqHZZbWZUkBAbp0wK1W147BFIvyrwk8mhjFwx8EOGqAxO2txTv84NpkdeGjx6sK9Yk8F2Id0xX_lkccT5YAL-e/s1600/imagesCAQJ5YWP.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 147px; FLOAT: left; HEIGHT: 203px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5565894440740611442" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs5eQD698D4S7gbZGgf70gpr5Oc1yhRvYY38gl3D1FDEu8PPBnPAaWqLhqHZZbWZUkBAbp0wK1W147BFIvyrwk8mhjFwx8EOGqAxO2txTv84NpkdeGjx6sK9Yk8F2Id0xX_lkccT5YAL-e/s320/imagesCAQJ5YWP.jpg" /></a><br /><br /><div align="left"><br /><span style="font-size:78%;color:#666666;">Fevereiro 2004</span><br /><span style="font-size:78%;color:#666666;">faltavam as últimas linhas.. terminado hoje</span><br /><p></p></div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-75777664140552515262010-11-30T23:37:00.010+00:002011-01-24T23:42:18.769+00:00Mulher<div align="justify">Desde a primeira vez que te vi, bem antes da que julgaste ser a primeira vez, guardei de ti um bocadinho. No instante em que fui posto à prova, quando te reencontrei, não tive dúvidas de quem eras. Encanta-me o que se passa por detrás desse olhar. Sei que não é vão. Sinto e sei. Atrás desses olhos, nem sempre acompanhados pela expressão mais alegre, porque a vida é mesmo assim, os sonhos passam da mesma cor que os meus, os pensamentos conduzem à mesma resposta. Não és minha metade, és mais. Anseio por derrotar com as palavras a força que finges ter, e ver-te sem barreiras, tão bela, tão frágil, tão mulher.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 136px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545493296677531314" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4HhnNmeCuYjvmEfS0BXrVkm5BxFICoIrVz3VfeKe9kx7w0jeRS44_OX-3a_uCnd6HlF3rlxAYk60ODVbUgJsXebBLuwsfw2_kESgUwTfP52rOkNAvKRhFJrjBWiCRWAOBs3NADEJajqWu/s200/olhar_feminino.jpg" /></div><p><span style="font-size:78%;color:#666666;"></span></p><p><span style="font-size:78%;color:#666666;">(Mais um que andava perdido..)</span><br /></p>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-67757334046512234942010-09-21T23:37:00.005+01:002012-03-28T18:16:39.442+01:00Red lipsIt’s always for you I want to run to<br />There’s no other place on my mind<br />Always your name I try to silent<br />I’m starting to give up the fight<br /><br />I want to surrender, tell it in your eyes<br />That since I’ve met you it's worthless to try,<br />I want to give up this dream, give up from you<br />Give up from seeing those red lips in all I do<br /><br />I don’t know where I walk to, I forgot where is home<br />In all existing places I’m never on my own<br />I surrender, today I surrender<br />I look but I can’t see<br />I breathe though I can’t breathe<br /><br /><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-size:85%;" >(Tenho de ir deixando aqui alguns dos "instantes" antigos, porque onde estão, é como se não existissem)</span>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-89123948941277633692010-07-24T21:11:00.001+01:002010-07-24T21:13:16.017+01:00Vermelho Tinto<img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5497568366091528978" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZdhXrvjtovk2hN4wUIuIZKH_01bpJG-AOHzsZQdUu4wrTa_ErsAhInquycj75owCO78rn2KXF_-XWOUWwcoobsHPLFOik5vGS8i_X_rIEsezbG1THZNtxGTqPsU_M3CVTdm66a3B0XfnA/s200/DSC00729.JPG" /><br /><div align="justify">E ela disse-lhe que o fizesse. Ele caiu no engodo.<br />A partir desse instante, ao primeiro trago, percebeu que nunca mais conseguiria repetir esse gesto sem que se lembrasse dela. Sob o manto da noite bebeu. A mesma noite cairia de cada vez que pegasse num copo. A mesma paz. A lua voltaria a parecer maior que nunca, mais próxima que nunca, mais inatingível…</div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-14366808647773497562010-07-24T19:24:00.004+01:002011-01-31T18:48:42.239+00:00Endless Spell<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYfvlTy_AP_SalxHaJp1GZv_MVBBcAsZUcJfa8pVArtiOefm_hl1nOwWkd4dDtZUsGRXdLC2cb6Pcp_Lxy4BbHa9vgjIQXTAuqpuaQXzSY3PXk91lcnvcHkLxHecINvRt10vJwkS07mzAw/s1600/-eyes-flowers-lips-sexy-hot-flores-suggestive-my-album-Kwiaty-faves-sonnygirl-Nature-Flowers-Hearts-Flowers-gotico-trandafiri-bedanken-flowers-wine_large.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5497541135899308002" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 125px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYfvlTy_AP_SalxHaJp1GZv_MVBBcAsZUcJfa8pVArtiOefm_hl1nOwWkd4dDtZUsGRXdLC2cb6Pcp_Lxy4BbHa9vgjIQXTAuqpuaQXzSY3PXk91lcnvcHkLxHecINvRt10vJwkS07mzAw/s200/-eyes-flowers-lips-sexy-hot-flores-suggestive-my-album-Kwiaty-faves-sonnygirl-Nature-Flowers-Hearts-Flowers-gotico-trandafiri-bedanken-flowers-wine_large.jpg" border="0" /></a><br />"These roses have no spines",<br />You told it the fourth time,<br />And I grabbed them with both hands<br />As hard as I could.<br /><br />My arms soaked in blood,<br />And I still beg for your hug<br />I was caught by your scent<br />But petals found none<br /><br />I keep getting deceived<br />And I’m tired of knowing it<br />But next time your eyes find mine<br />I'll believe again in your lies. </div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-69434436967212819312010-05-15T18:10:00.002+01:002012-05-11T01:23:59.585+01:00Romeu e Julieta... William Shakespeare<div align="justify">
ATO II, CENA II</div>
<div align="justify">
Jardim de Capuleto</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
ROMEU – Só se ri das cicatrizes aquele que nunca sentiu uma ferida. (Julieta aparece à janela) Mas… devagarinho! Qual é a luz que brilha através daquela janela? É o oriente, e Julieta é o Sol. Ergue-te, ó Sol resplandecente, e mata a Lua invejosa, que já está fraca e pálida de dor ao ver que tu, sua sacerdotisa, és muito mais bela do que ela própria. Não queiras mais ser sua sacerdotisa, já que tão invejosa é! As roupagens de vestal são doentias e lívidas, e somente os loucos as usam. Deita-as fora! Esta é a minha dama! Oh, eis o meu amor! Se ela o pudesse saber! Está a falar!... Não, não diz nada; mas isso que importa? O seu olhar é que fala e eu vou responder-lhe… Sou ousado de mais; não é para mim que ela fala. Duas das mais belas estrelas de todo o firmamento, quando têm alguma coisa a fazer, pedem aos olhos dela que brilhem nas suas esferas até que elas voltem. Oh! Se os seus olhos estivessem no firmamento e as estrelas no seu rosto! O esplendor da sua face envergonharia as estrelas do mesmo modo que a luz do dia faria envergonhar uma lâmpada. Se os seus olhos estivessem no Céu, lançariam, através das regiões etéreas, raios de tal esplendor que as aves cantariam, esquecendo que era noite. Vede como ela encosta a face à sua mão. Oh! Quem me dera ser a luva dessa mão, para poder tocar a sua face.<br />
<br />
JULIETA – Ai de mim!<br />
<br />
ROMEU – Está a falar… Oh! Continua, anjo resplandecente! Porque esta noite tu brilhas tão esplendorosamente sobre a minha cabeça como um alado mensageiro do Céu perante o olhar extasiado dos mortais, que escondem a íris nas pálpebras ao inclinarem-se para o contemplar quando ele perpassa por entre as nuvens indolentes e navega no seio do ar.<br />
<br />
JULIETA – Oh! Romeu, Romeu! Mas porque és tu Romeu? Renega o teu pai, o teu nome; ou, se o não quiseres fazer, jura apenas que me amas e deixarei eu de ser uma Capuleto.<br />
<br />
ROMEU – (à parte) – Deverei eu continuar a ouvi-la, ou responder-lhe?<br />
<br />
JULIETA – É apenas o teu nome que é meu inimigo; tu és tu mesmo, e não um Montecchio. E que é Montecchio? Não é uma mão, nem pé, nem braço, nem rosto, nem qualquer outra parte que pertença a um homem. Oh! Sê qualquer outro nome! O que é que existe num nome? Aquilo a que nós chamamos rosa teria o mesmo perfume embora lhe déssemos outro nome! Assim, Romeu, ainda que não se chamasse Romeu, conservaria a mesma perfeição que agora possui. Romeu, renuncia ao teu nome, e em vez dele, que não faz parte de ti mesmo, apodera-te de mim!<br />
<br />
ROMEU – Aceito. Chama-me apenas teu amor, e far-me-ei de novo baptizar. De ora avante nunca mais serei Romeu.<br />
<br />
JULIETA – Quem és tu, que assim protegido pela noite, vens surpreender o meu segredo?<br />
<br />
ROMEU – Eu não sei que nome hei-de pronunciar para te dizer quem sou. O meu nome, querida santa, eu próprio o odeio, por ser para ti um inimigo. Se eu o tivesse escrito, rasgá-lo-ia.<br />
<br />
JULIETA – Os meus ouvidos não escutaram uma centena de palavras pronunciadas por esta voz, e contudo reconheço-a. Não és tu Romeu, e Montecchio?<br />
<br />
ROMEU – Nem uma coisa nem outra, gentil donzela, se ambas te desagradam.<br />
<br />
JULIETA – Dize-me: como viestes tu até aqui e para quê? Os muros do jardim são altos e difíceis de escalar; e este lugar será para ti a morte se algum dos meus parentes te descobre aqui.<br />
<br />
ROMEU – Transpus estes muros com as leves asas do amor, porque não são as barreiras de pedra que o podem embaraçar; e o que o amor tem possibilidades de fazer ousa logo tentá-lo! Por isso mesmo, não são os teus parentes que me servirão de obstáculo.<br />
<br />
JULIETA – Se eles te vêem, matar-te-ão.<br />
<br />
ROMEU – Ai! Há mais perigo nos teus olhos do que em vinte das suas espadas. Basta que me olhes com ternura e ficarei couraçado contra a sua inimizade.<br />
<br />
JULIETA – Por nada deste mundo eu queria que te vissem aqui.<br />
<br />
ROMEU – O manto da noite oculta-me aos olhos deles. Mas, se tu me não amas, que importa que me encontrem? Seria melhor que o ódio deles pusesse fim à minha vida do que a morte tardasse faltando-me o teu amor.<br />
<br />
JULIETA – Quem te ensinou este caminho?<br />
<br />
ROMEU – O amor encorajou as minhas pesquisas. Deu-me o seu conselho e eu dei-lhe os meus olhos. Não sou piloto, e contudo, se estivesse afastada nessa extensiva praia que o mar mais longínquo banha, aventurar-me-ia a ir em busca de um tal tesouro.<br />
<br />
JULIETA – Tu sabes que a máscara da noite vela o meu rosto, pois, se assim não fosse, verias um rubor virginal tingir-me as faces, pelo que me ouviste pronunciar há pouco. Bem quisera eu guardar as conveniências e negar o que disse; mas adeus conveniências! Tu amas-me? Eu sei que vais dizer que sim, e acreditarei na tua palavra; mas, se jurasses, podias trair o juramento; dizem que Júpiter se ri dos perjúrios dos amantes. Oh, querido Romeu! Se gostas de mim, dize-mo lealmente; mas, se pensas que fui muito fácil de conquistar, franzirei as sobrancelhas, serei cruel e dir-te-ei: “Não!”, para te dar ensejo a que me faças a corte. Doutro modo nem por todo o mundo o farei. A verdade, belo Montecchio, é que estou apaixonada, e por isso talvez julgues leviana a minha conduta; mas acredita, meu senhor, que me hei-de mostrar mais fiel do que aquelas que sabem melhor afectar reserva. Confesso que teria sido mais reservada se tu não tivesses surpreendido há pouco a confissão apaixonada do meu amor. Perdoa-me, pois, e não atribuas a um amor leviano esta fraqueza que a noite escura te permitiu descobrir.<br />
<br />
ROMEU – Senhora, juro pela Lua sagrada, que coroa de prata os cimos de todas as árvores de fruto…<br />
<br />
JULIETA – Oh! Não jures pela Lua, essa Lua inconstante que todos os meses muda de figura, ao rodar na sua órbita. Tenho medo de que o teu amor se torne tão inconstante como ela…<br />
<br />
ROMEU – Porque hei-de então jurar?<br />
<br />
JULIETA – Não jures por coisa alguma. Ou, se quiseres, jura pela tua graciosa pessoa, que é o deus da minha idolatria, e eu acreditar-te-ei.<br />
<br />
ROMEU – Se o amor profundo do meu peito…<br />
<br />
JULIETA – Bem, não jures. Embora a minha alegria de te ver seja grande, não sinto alegria alguma nesta noite com o teu juramento. É demasiado brusco, demasiado imprevisto e repentino, demasiado semelhante ao relâmpago, que desaparece antes que se possa dizer: “Ele brilha!”. Boa noite, querido! Este amor em botão, amadurecido pela brisa do Estio, talvez se transforme em flor esplêndida no nosso próximo encontro. Boa noite! Oxalá que a paz e calma deliciosas que enchem o meu peito possam também encher o teu coração.<br />
<br />
ROMEU – Oh! Vais-me deixar assim, sem me concederes mais nada?<br />
<br />
JULIETA – Que mais queres tu que te conceda esta noite?<br />
<br />
ROMEU – Que troques pelo meu o juramento fiel do teu amor.<br />
<br />
JULIETA – Dei-te o meu amor antes que tu mo pedisses; e contudo queria tê-lo ainda.<br />
<br />
ROMEU – Querias tirar-mo? E para quê, meu amor?<br />
<br />
JULIETA – Só para ser generosa e dar-te outra vez. E contudo eu só desejo o que já tenho: a minha generosidade é tão ilimitada como o mar, e tão profundo como este é também o meu amor: quanto mais te dou, tanto mais me fica, porque uma e outro são infinitos. (A ama chama de dentro) Ouço ruído lá dentro. Adeus, meu querido amor. – Já lá vou, ama. – Sê fiel, querido Montecchio. Espera só um momento, que eu volto já. (Sai da janela)<br />
<br />
ROMEU – Oh! Noite abençoada, bendita noite! Tenho medo de que, por ser de noite, tudo isto seja um sonho, demasiada e deliciosamente adulador para ser real.<br />
<br />
(Julieta volta de novo)<br />
<br />
JULIETA – Três palavras só querido Romeu, e boa noite. Se a intenção do teu amor é honesta, e tem por fim o casamento, faz-me saber, pela pessoa que eu te hei-de mandar amanhã, o lugar e a hora em que se há-de efectuar a cerimonia, e eu deporei a teus pés todo o meu destino e seguir-te-ei, meu senhor, através de todo o mundo.<br />
<br />
AMA (de dentro) – Menina!<br />
<br />
JULIETA – Vou já. – Mas se as tuas intenções não são puras, suplico-te…<br />
<br />
AMA (de dentro) – Ó menina!<br />
<br />
JULIETA – É só um instante; vou já… - suplico-te que acabes com os teus galanteios e me deixes entregue à minha dor. Amanhã mandarei.<br />
<br />
ROMEU – Assim se salve a minha alma…<br />
<br />
JULIETA – Mil vezes boa noite. (Sai da janela)<br />
<br />
ROMEU – Noite mil vezes má, desde que lhe falte a tua luz. O amor corre para amor como os rapazes ao deixarem os livros, mas afasta-se dele como o olhar triste como o dos rapazes que vão para a escola. (Retira-se)<br />
<br />
JULIETA (aparecendo de novo à janela) – Pst! Romeu, pst! Oh! Quem me dera ter a voz do falcoeiro para fazer voltar atrás este gentil açor! Mas a escravidão é rouca e não pode falar alto. De contrário faria estremecer a caverna onde Eco dorme e a sua voz aérea tornar-se-ia mais rouca do que a minha, tantas vezes lhe faria repetir o nome do meu Romeu.<br />
<br />
ROMEU – É a minha alma que chama pelo meu nome. Que som argentino tem de noite a voz dos amantes! É a música mais suave que os ouvidos podem escutar!<br />
<br />
JULIETA – Romeu!<br />
<br />
ROMEU – Meu amor!<br />
<br />
JULIETA – A que horas te posso mandar procurar amanhã?<br />
<br />
ROMEU – Às nove horas.<br />
<br />
JULIETA – Não faltarei. Daqui até lá vão vinte anos. Já me esqueci para que te chamei.<br />
<br />
ROMEU – Deixa-me ficar aqui até que tu te lembres outra vez.<br />
<br />
JULIETA – E eu esquecê-lo-ei, para que tu fiques sempre aí, não me lembrando senão de quanto eu adoro a tua companhia.<br />
<br />
ROMEU – E eu ficarei aqui, para que tu continues a esquecer-te, e esquecerei qualquer outra habitação a não ser esta.<br />
<br />
JULIETA – Já é quase manhã. Quisera que te tivesses ido, mas que não te afastasses mais do que a avezita – pobre prisioneira, amarrada aos grilhões – que uma criança travessa deixa, por uns momentos, fugir da sua mão, e que, com o fio de seda, depressa atrai a si de novo, porque lhe quer demasiadamente para não ter ciúmes da sua liberdade.<br />
<br />
ROMEU – Eu, eu quisera ser a tua avezita.<br />
<br />
JULIETA – Também eu o queria, meu amor, mas eu matar-te-ia à força de carinhos. Boa noite! Boa noite! A despedida é tão doce tristeza que continuarei a dizer “boa noite” até que seja de manhã. (Sai)<br />
<br />
ROMEU – Que o sono desça aos teus olhos e a paz ao teu coração. Bem quisera eu ser sono e paz para tão deliciosamente repousar. Vou daqui para a cela do meu pai espiritual para lhe implorar o seu auxílio e confiar-lhe a minha ventura. (Sai)</div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-71876833187598430822009-09-30T22:24:00.004+01:002009-10-01T18:34:34.900+01:00One breath at Paris<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgycTh7_ynL4EUR4aRY3qZRChzEGU9V9gun5s-C59WKrG5Wtx-rdkek83IJw8tjwW3bayElJeQBRnZT1VIbtYw4upNcruE0zV2nH541Rz3w5PDSpARAJKOCIazEyluOvalC0tXyn5GR_wf9/s1600-h/untitled.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 287px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387375689549079874" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgycTh7_ynL4EUR4aRY3qZRChzEGU9V9gun5s-C59WKrG5Wtx-rdkek83IJw8tjwW3bayElJeQBRnZT1VIbtYw4upNcruE0zV2nH541Rz3w5PDSpARAJKOCIazEyluOvalC0tXyn5GR_wf9/s400/untitled.JPG" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg24eUcUHRmywv9yrDEF_Jj66OG9gLse4LVA2xZe_Fs2CqP_Y7_SzJ64x9mkXUTFTBPHfp5DFrbhowaC5U793qJQJ0lN8PbAx-mqYpciqVJamI8ZZKcPZWO_C9-dw-MnLioEPgIvdTmLaDb/s1600-h/untitled.JPG"></a>E assim, por 15 segundos, estive em Paris.</div><div>Sozinho, sentado junto ao rio, onde nada mais existia para além do céu pouco estrelado e o som da corrente.<br /><br /><span style="font-size:85%;color:#c0c0c0;">(Imagem que recebi num e-mail no trabalho, e que por momentos me levou para fora dali)</span></div><div></div><div></div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-28530439772208042462009-08-31T21:10:00.007+01:002009-08-31T21:40:30.588+01:00Nem desconfies<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0-u3A-t7uJGZFWAk5vrUk99TFdAzvV8JplJbARyGa5oTLR3arhJEvtqa15U9lRYhlf2VOysRht0Dm34fSrn3_ny5hpT-eU2HLniHlOZljPEvh0tlp005K-TLXVndI4lzZymIK6GUhrVbR/s1600-h/422805.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376226028762979090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 249px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0-u3A-t7uJGZFWAk5vrUk99TFdAzvV8JplJbARyGa5oTLR3arhJEvtqa15U9lRYhlf2VOysRht0Dm34fSrn3_ny5hpT-eU2HLniHlOZljPEvh0tlp005K-TLXVndI4lzZymIK6GUhrVbR/s320/422805.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:85%;">Foto:</span><a href="http://olhares.aeiou.pt/kikoNeto"><span style="font-size:85%;">Kiko Neto</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span><br />Não duvides de mim.<br />Limita-me a este olhar tapado de vidro,<br />À marreca que não consigo curar,<br />Ao andar metálico e militar do meu corpo estreito.<br /><br />À voz grave e quase muda.<br />A encolerizada criatura,<br />Que de pensamento deserto,<br />Retorna no crepúsculo à sua gruta.<br /><br />Serei correspondência perdida<br />Por enjeito do destinatário.<br />De mau trato e nocivo,<br />Impróprio para mostruário.<br /><br />Não desconfies que sou mais que isto.<br />Se ainda não conseguiste adivinhar que não,<br />Prefiro que nem desconfies,<br />Que atestes que sou assim. </div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-87762295204367969622009-08-12T22:04:00.007+01:002012-05-11T01:32:06.604+01:00Pôr-da-vida<div align="center">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75yqAWToNpcijNvz8VialAAlhiYPFEuwO_2cx2amylPGRWtaU5F5I3ODIPv5jPyRz0YjC-ptFTeBAf5Z7WU5zJaf-Qq9WFu8SyqnqmiP0eeiei9wWaCXomK4GKzoK6KEnrK7XJmrTF0ld/s1600-h/por_do_sol1.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5369193553206754002" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75yqAWToNpcijNvz8VialAAlhiYPFEuwO_2cx2amylPGRWtaU5F5I3ODIPv5jPyRz0YjC-ptFTeBAf5Z7WU5zJaf-Qq9WFu8SyqnqmiP0eeiei9wWaCXomK4GKzoK6KEnrK7XJmrTF0ld/s320/por_do_sol1.jpg" style="display: block; height: 240px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
Como o pôr-do-sol:<br />
Nunca existirão dois iguais,<br />
Cada um com o seu princípio e o seu fim,<br />
Com o tempo contado ao segundo.<br />
<br />
A milhões já assistiu o mar,<br />
Não houve um que não fosse especial.<br />
Todos terminaram, todos terminarão.<br />
<br />
Uns com menos nuvens, outros com mais.<br />
A uns já assistimos com pássaros no horizonte,<br />
Outros com brava trovoada.<br />
As circunstâncias foram diversas,<br />
Cada um inspirou com a sua cor,<br />
Aquele que nascia no dia seguinte.<br />
<br />
Ouve as histórias que te contam<br />
Dos mais belos e coloridos pores-do-sol,<br />
Um dia vais ser tu a pintar o céu<br />
Com as cores daquilo que viste e foste,<br />
E contigo o sol irá, como sempre fez, pôr-se.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: 85%;"><span style="color: #999999;">P.S.: Vi dezenas de imagens de pores-do-sol e não encontrei o perfeito. Talvez a verdade só a encontremos no fim. Como no filme "O Último Samurai".. "Perfect!.. They are all perfect!"</span> </span></div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-38377416360966111582009-08-03T22:25:00.007+01:002009-08-11T20:14:09.912+01:00Lancelot<span style="color:#cccccc;">Numa das muitas vezes em que tinha o cuidado de não me mexer para que ele pudesse dormir na posição que escolhia:<br /><br /></span><p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvPWI4UUPHnWK1QjCU5JaGjSuCwKwVCY8ezweM4w38R39QiCK0vJ6LqCWTPyU785aqX5pl1eoSN6NhzgNepPGWT3CLZbV7PJVe7yw9RxOsfGavwd87lTe8uf5-F-wCHcEXTKZJrKq2bzIJ/s1600-h/Imagem(037)B.JPG"><span style="color:#cccccc;"><img style="WIDTH: 320px; HEIGHT: 198px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5365863174201396130" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvPWI4UUPHnWK1QjCU5JaGjSuCwKwVCY8ezweM4w38R39QiCK0vJ6LqCWTPyU785aqX5pl1eoSN6NhzgNepPGWT3CLZbV7PJVe7yw9RxOsfGavwd87lTe8uf5-F-wCHcEXTKZJrKq2bzIJ/s320/Imagem(037)B.JPG" /></span></a></p><p align="left"><br /><span style="color:#cccccc;">Nunca precisou de ter um bom carro para ser feliz, nunca desejou mal ao próximo, não passou por cima de ninguém, não discriminou, não deixou morrer à fome, não se vangloriou, não matou por prazer ou para mostrar supremacia sobre os demais. Foi-me maior exemplo que muitos a quem chamamos humanos.</span></p><p align="left"><span style="color:#cccccc;">Despertou-me os sentimentos mais puros... Amar sem querer nada em troca, e sem troca, saber que nunca poderia ter recebido mais.</span><span style="color:#cccccc;"><br /><br />Não fui só eu que tomei conta dele. Ele também tomou conta de mim... </span><span style="color:#cccccc;"><br /></p></span><p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglAMxRpWve10EJP1DrSaokQjElRudba17qKfIMt03jZteWKZHVuSkpXD1BiwB-D3V2EVuTWA3ttMvZh6v0jE8S53-z4xK39CZACUKABD-RlCrJdhZ0HKVINrMxLJ4HO6-o9AyhXRkGaizn/s1600-h/Imagem(316)B.JPG"><span style="color:#cccccc;"><img style="WIDTH: 320px; HEIGHT: 242px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5365863343706607490" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglAMxRpWve10EJP1DrSaokQjElRudba17qKfIMt03jZteWKZHVuSkpXD1BiwB-D3V2EVuTWA3ttMvZh6v0jE8S53-z4xK39CZACUKABD-RlCrJdhZ0HKVINrMxLJ4HO6-o9AyhXRkGaizn/s320/Imagem(316)B.JPG" /></span></a></p><div align="left"><span style="color:#cccccc;">O fim não houve. Como poderia caber na minha mão algo que me transborda a alma?<br /><br />Foi na minha mão que adormeceu, longe do fim que um dia partilharemos.</span></div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-83147916638216439532009-07-23T00:20:00.004+01:002009-07-26T11:42:31.721+01:00Há 5 anos...Há cinco anos atrás, escrevia eu no dia da morte de Carlos Paredes.<br /><br />Vejo-o como alguém que, com a sua guitarra, nos coloca sobre o mais belo miradouro da cidade e nos faz ver reflectido no rio os maiores feitos dos nossos antepassados.<br /><br />Vejo também esta música, especialmente, como um expor em som da nossa vulnerabilidade e complexidade.<br /><br />Lembro-me de me perguntar a primeira vez que a ouvi: “Mas como é que ele sabe que eu sou isto?” É como se tocasse na guitarra a música do nosso código genético, o código genético Português.<br /><br />Basta a primeira nota para percebermos que, o que se segue, nos vai tocar para sempre:<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/lkQhaXi0ACw&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/lkQhaXi0ACw&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Post de 23 de Julho de 2004, <a href="http://alienigenadesenfreado.blogspot.com/2004/07/o-mestre.html">"O MESTRE"</a><br /><br /><em>O MESTRE toca o rio Tejo, as ruas íngremes e estreitas, o castelo, a calçada portuguesa. O Mestre toca a nossa língua, o nosso fado, intensidade, tristeza, romantismo, sensibilidade. O Mestre toca-nos. Descreve a nossa essência com as notas por ele descobertas. Emociona-nos, revela-nos.<br /></em><br /><em>O Mestre toca o pássaro que plana no céu, livre de esforço, e que é com ele um só. Carlos Paredes consegue ser esse pássaro, com a sua guitarra. E faz-nos olhar assombrados para o céu.. perante tamanha genialidade. </em>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-33792288526232805102009-06-18T00:44:00.004+01:002009-08-14T19:49:35.306+01:00The Instant Before<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJlaaI_77K9GhIvGRD-L21wJjS4yw1NX00IAfuCvlZNkemAHmADrp1Y3-bmsaDgm7erdWaSPiFCTmk2myutms0LK4uKUsTELlxOjPHVjx6xXfN2Di5sx8fvVb352c9jemhA1nsfQHQyZ4J/s1600-h/sesimbra_1b.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 315px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5348448500374043938" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJlaaI_77K9GhIvGRD-L21wJjS4yw1NX00IAfuCvlZNkemAHmADrp1Y3-bmsaDgm7erdWaSPiFCTmk2myutms0LK4uKUsTELlxOjPHVjx6xXfN2Di5sx8fvVb352c9jemhA1nsfQHQyZ4J/s400/sesimbra_1b.JPG" /></a><br />Foi no tempo de um piscar de olhos.<br />Quando os abri, tinha 27...<br /><br />Estive a ver fotos antigas.<br />É engraçado lembrarmo-nos das pequenas coisas como brinquedos, mobília, roupa... relembrar as sensações de os ver e tocar.<br /><br />É como se tudo não tivesse mudado assim tanto. Afinal de contas, quanto se pode mudar no tempo de um piscar de olhos?PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-38603991634685900872009-05-29T02:08:00.008+01:002009-06-17T21:10:14.285+01:00O Amor É<a href="http://childrenplayit.blogspot.com/">Sara</a>, esse amor dói. É tão intenso, tão clarividente, tão puro, tão maior do que tudo, que faz de nós calçada pisada, repisada, angustiada e agastada. E se nos dessem a possibilidade de não sentir essa dor? Antes mortos e já!!! Antes gemer à tortura lenta da sua lâmina que salvo pela negação do que é a minha própria existência! Que venha a dor! Que aperte e torça e ignore os meus gritos de clemência! Que faça parecer a pessoa amada ainda mais amável para que o sofrimento possa simplesmente tornar-se insuportável ao coração e se torne na dor física aguda e surpreendentemente real. O amor aí mostra-se real. Existe de facto, com prova física!<br />Essa dor é tão bela que nos pode fazer seus prisioneiros de livre vontade… Mas prisioneiros não poderemos ver o céu, a lua, o sol, o mar… tudo o que está à nossa frente, tudo aquilo que podemos amar.<br /><br />O Amor mostrou-me outro caminho. Que não é tanto e tão pouco.<br /><br />Todos os dias me abre uma nova brecha por onde me premeia com um pouco mais da verdade, de Amor.<br /><br />O Amor pede um constante emanar. Dar, dar, dar! Por vezes ficar triste ou até magoado… arrasado. Enquanto cair por ter amado, não faltaram forças para me levantar. Dar, dar, continuar a dar! Dar em dobro do que alguma vez sonhamos vir a receber e ficar grato pelo mais breve sorriso quando esse é sincero.<br /><br />Há tanto sítio para onde o podemos direccionar e tanto de onde o podemos receber.<br /><br />Ele vem de uma mãe que dedica a vida a um filho, de um olhar que desconhecíamos mas que não nos é estranho, vem do abraço apertado dos braços pequenos e autênticos de uma criança, do cão que de cauda a abanar e língua de fora nos cumprimenta da primeira vez que nos conhece, dos sítios mágicos da Natureza que nos fazem tão pequeninos, das construções do Homem que nos arrebatam…<br /><br />O Amor supera o sonho. É a única imagem que vamos recordar antes do nosso último fechar de olhos. Não vai ser o jeito que tínhamos para um desporto, o dinheiro que ganhámos numa certa profissão, a razão e a forma como a provámos numa determinada discussão ou aquelas preocupações que nos pesam em alguns dias. Vão ser apenas rostos, e tudo aquilo que nos deram e fizeram sentir pela sua simples existência e o quão inexcedivelmente valiosa se tornou esta breve existência pelo privilégio que foi amá-los a todos. No final, foi a única coisa que existiu - Amor.PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-20996511324011956802009-04-17T23:28:00.003+01:002009-04-18T00:21:26.743+01:00I-walk-by-you-today-I-always-look-away...<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ZrDxe9gK8Gk&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/ZrDxe9gK8Gk&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><br /><strong>I Coríntios 13, 2<br /></strong><br /><blockquote>E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse<br />todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que<br />tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse<br />os montes, e não tivesse caridade, nada seria. </blockquote>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-54939626440535537992009-02-20T00:20:00.005+00:002009-02-20T00:27:32.450+00:00Aqui e agora...<div align="justify">Quem já viu o filme “O estranho caso de Benjamin Button”, lembrar-se-à por certo de quando o capitão Mike, de quem durante o filme não estamos habituados a ouvir reflexões filosóficas, numa das suas bebedeiras, nos espanta com um discurso onde a dada altura refere um pequeno pássaro – o beija-flor:<br /><br /></div><blockquote><p align="justify"><em><span style="color:#666666;"><br />"O beija-flor não é apenas um pássaro qualquer, o seu coração bate 1200 vezes por minuto, bate as suas asas 80 vezes por segundo, se parassem as suas asas de bater, estaria morto em menos de 10 segundos. Não é um pássaro vulgar, é um milagre."<br /></span></p></em></blockquote><div align="justify"><br />Muito do que hoje li, sentado na cadeira do meu quarto no Hotel, me fez pensar no tempo (que não pára) e em como tudo o que existe é resultado da mais mínima e imensurável probabilidade.<br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Existia provavelmente <strong><em>UMA</em></strong> hipótese em milhões de biliões de triliões de ziliões de ziliões de ziliões de estarmos hoje aqui, vivos. Possivelmente essa hipótese era ainda muito menor… Era mesmo muito menor!!!<br /><br />O que é que vais fazer com esta oportunidade? Amar ou odiar? Lamentar-te ou agradecer e sentir cada segundo?<br /><br />Olhem para tudo como se de um milagre se tratasse. Porque o é. Cada um de nós.<br /><br />Cada objecto, por mais insignificante que o consideremos, tem na sua origem o início do Universo.</div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-48350479517332976562009-02-16T23:39:00.005+00:002009-02-17T00:02:54.791+00:00Porto (sem) sentido<div align="justify">Ruas escuras, semáforos desligados, restaurantes vazios, sombrios, com todas as mesas postas e sem ninguém a servir, sacos pretos do lixo na rua com gatos (tantos gatos (?!)) de volta deles, a rasgá-los e puxar de lá de dentro restos de comida, cidade que agora me faz lembrar Londres, quando lá cheguei, à noite: escura, com lixo. Lojas de aspecto antigo, com um pé direito alto, de interior invulgarmente moderno e um exterior clássico e sujo.<br /><br />Dou com a Casa da Música. Desperta-me alento reconhecer uma marca da civilização como a conheço! Mesmo no topo, a um canto, existe um quarto envidraçado, forrado a azulejo, com teto inclinado. Depois do que já vi, parece-me totalmente enquadrado na harmonia desconexa que presencio.<br /><br />A minha procura por um simples lugar para tomar uma refeição, tornou-se numa descoberta que ultrapassa a minha compreensão. Sinto-me totalmente deslocado. Sinto que as coisas têm uma ordem diferente, em cada canto encontro um enigma que me surpreende, e esquina atrás de esquina sou vencido.<br /><br />Na minha frente uma rotunda com um jardim pelo meio. Olho em volta, não detecto nada divergente do que até aqui tinha visto. Pondero voltar para trás e render-me à Telepizza que tinha perto do Hotel. Contorno a rotunda. Queria enfrentar a última provocação que a noite me oferecia: o jardim. Um semáforo obriga-me a parar. Olho para trás e vejo o que parece ser um Centro Comercial! Civilização!... Civilização… Jardim…<br /><br />Estou absorto nesta noite de descobertas, de sentimentos que ainda não tinha experimentado. Sem oferecer resistência aos meus pensamentos, não me consigo sentir contente por ter encontrado um Centro Comercial. Queria continuar a mergulhar mais fundo, virar mais uma esquina deste labirinto. Mas é hora de cumprir com a missão que me tirou do quarto, o jantar.<br /><br />Aproximo-me mas a sensação de desconfiança não desaparece. Não me parece correcto terminar esta jornada fora de uma das churrascarias por que passei. Onde o empregado ia ser macabro, onde ia desconfiar a todo o segundo da comida que tinha no prato, onde o tempo de espera pelo meu prato pareceria uma eternidade e o silêncio arrepiante. Talvez num outro dia… talvez acompanhado.<br /><br />Entro no Centro Comercial, subo umas escadas rolantes. Encontro uma zona central onde, espreitando lá para baixo, vejo uma zona de restaurantes. O estranho é que os sinais que tenho encontrado apontam a zona de restauração para o piso superior – e eu a vê-la lá em baixo. Desço uma escadaria. Parece-me tudo perfeito. Sinto-me finalmente abrigado da cidade fantasma que me aguarda para o regresso. Esta área tem como centro uma espécie de piscina elevada, com o fundo clássico de azulejo azul água com uma forma poligonal ao meio em tons de castanho. Aqui consigo ver uma coisa que vinha sendo rara… pessoas!<br /><br />Ao acabar de descer as escadas encontro, nos pratos de quem janta, finalmente, cor. Começo a ronda aos restaurantes: a escolha. Vazios?... Volto a não encontrar quem me sirva, os buffets, embora encetados, têm aspecto seco e passado. Ataca-me o sentimento de que me pensei ter albergado. Também aqui!...<br /><br />Volto a subir as escadas. Por descargo de consciência, sigo a direcção dos sinais que apontavam a área de restauração para o último piso. Vou dar a uma área, quase normal, de restaurantes! Pelo menos aqui os restaurantes são os da minha zona de conforto, os que estou habituado a ver. Rondo a área aliviado por saber que vou conseguir, finalmente e em breve, jantar. Misturado, a um canto, está a zona de cinemas. (Adivinhem?) Escura. A fazer lembrar os cinemas do Monumental, em Lisboa (Ah, Lisboa!... Minha terra! Saudades do teu Castelo, das tuas ruas íngremes e estreitas, que a noite faz escuras mas nunca, nunca, estranhas ao meu coração. Pego em Amália para, noutro contexto, te dizer: “Ai, que lindeza tamanha, meu chão, meu monte, meu vale, de folhas, flores, frutos de oiro”).<br /><br />Optei por uma daquelas casas que serve massas, onde escolhemos os ingredientes. Inacreditável, ou (já) não, tive que esperar que aparecesse alguém de lá de dentro para me servir. Mais uma vez os ingredientes, embora todos familiares, não me mostram a frescura a que estou habituado. De qualquer modo, estava completamente fora de questão procurar alternativa. Pouco quente… e sobre o sabor demito-me de fazer uma avaliação. Nada nesta noite poderia ser natural.<br /><br />Tomo o caminho de regresso. Tudo tão vazio… Edifícios enormes em silêncio. Cá fora, encontro tudo como o deixei. Volto ao jardim. Desta vez não o contorno. Atravesso-o. Ou estou mais integrado ou distraído. O receio que uma situação destas habitualmente provoca, aqui é anulado por junto comigo encontrar uma rapariga que também o faz, um rapaz de passa de bicicleta, um outro que faz flexões num banco de jardim e duas senhoras que parecem de retorno a casa.<br /><br />Barras de ferro coladas ao chão, no meio do passeio? Estranhar para quê?<br /><br />Não te compreendo, Porto. Ainda não. Mais de 1000 números de porta ultrapassados à ida, e mais de 1000 números repetidos à volta, não foram o suficiente. No caminho vejo uma publicidade que tapa um prédio em obras: “Keep walking, Johnnie Walker”. Foi isso que fiz até ao meu quarto. I just kept walking.</div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-77582367993517796452009-02-13T18:38:00.003+00:002009-02-13T18:42:56.497+00:00Planeta perdido<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFF0MRvsIzo1YC80rjwe_c92VjNdceCfx8rRY9CBMQoRUgIdmTNwgjGWthljLO5M7X3pzJtuH5fY-ipCRGQp2YNpwqNhnJv_9IBHWg0zRpDV0fzLo2QK6JgMWr3DCVr6OeHFNpMWaNrnGJ/s1600-h/CC130209.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5302353900504245650" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 217px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFF0MRvsIzo1YC80rjwe_c92VjNdceCfx8rRY9CBMQoRUgIdmTNwgjGWthljLO5M7X3pzJtuH5fY-ipCRGQp2YNpwqNhnJv_9IBHWg0zRpDV0fzLo2QK6JgMWr3DCVr6OeHFNpMWaNrnGJ/s320/CC130209.jpg" border="0" /></a><br /><div>Para alguma coisa serve o papel e a caneta que se leva para as reuniões...</div>PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-26587921023485449572009-01-19T00:16:00.000+00:002009-01-19T00:26:00.791+00:00Não há estrelas no céuEsta semana, numa viagem de manhã para o trabalho, ouvi a ideia mais romântica dos últimos tempos, vinda ainda por cima de um cientista.<br /><br />Ao que parece, um cientista americano de que não fixei o nome, propôs a criação de uma reserva mundial de céu estrelado. Isto é, guardar um local no mundo onde a poluição no céu seja de tal modo reduzida que consigamos ver o céu estrelado em toda a sua plenitude.<br /><br />Nunca me vou esquecer da sensação que tive ao ouvir esta notícia.<br /><br />São formas de começar a manhã que não se esquecem.PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7870758533913280619.post-15491957813871785802009-01-05T20:40:00.001+00:002009-01-08T19:44:42.634+00:00Dica da semanaQuando comprarem um despertador novo, tentem comprar um que não tenha tanta luz que pareça que é de dia dentro do quarto!<br />Ok que se precisar de me levantar a meio da noite já não preciso de acender a luz, mas custa um bocadinho a adormecer!PEdrohttp://www.blogger.com/profile/12937265389003266798noreply@blogger.com3