segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

QUANTAS VIDAS

Quantas vidas eu queria
Manhãs, tardes, todo o dia
Para cuidar do teu sorriso
Meu ouro era ter-te comigo

De ti, quantos mil anos
De amor, momentos e beijos
Uma vida ao teu lado
Quem me dera esse fado

Todas as manhãs acordar
Incrédulo por te abraçar
Para ti queria mais uma vida
Estar contigo todos os dias

Ao olhar o horizonte à janela
Ao cruzar lento dos ponteiros
Dias passam que me lamento
Outros em que esqueço o desejo

E pudesse eu escolher
Escolhia partir-me em mil
Em mil pedaços para te ter
Em mil vidas dividir-me

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Despedida

E é quando me sinto a perder-te, e o comboio corre o rio devagar, que me foge o sol e o chão e se me entristece o olhar.
E, naquele mundo que não existe, poderia explicar-te aquilo que sinto.
E, naquele mundo que não existe, tu poderias compreendê-lo.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

APOSTA

Aposto que o sol se embaraça quando sais à rua
E que ainda trazes contigo aquele teu jeito de andar
Que, não lhe chegasse a eterna concorrência da lua,
Inveja a tua arte de prender corações só com um olhar

Que se eu me tivesse cruzado contigo esta tarde,
Talvez ficasse de coração apertado e pernas a tremer
Dividido entre ficar a olhar-te e fugir para outro lado
Com medo de tudo aquilo que te queria dizer

Que guardo presente nas minhas memórias
Mais do que outra qualquer que queira recordar
O meu silêncio e dilema no banco daquela paragem
Os amarelos e dourados, os teus lábios a chamar

E aposto que ainda hoje o sol se envergonha
E espero que saibas mesmo sem que nunca te tenha dito
Que no meu diário de bordo não és só uma folha
És estrela cadente e fruto proibido

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O meu caminho é por onde vais

Agarra-te a mim
Finge que ninguém está a olhar
O tempo parou
Não há razão para me largares
E até que exausto
Vou continuar a te abraçar
Enquanto estiveres aqui
É aqui que quero estar

Tu fazes-me falta
E o pouco que te consigo ver
Sabe-me a tanto
Demais para te perder
Hoje não me vou deitar
Fico acordado à tua beira
As tuas mãos eu não largo mais
O meu caminho é por onde vais

Nesta viagem por entre serras
Lá aparecem algumas rectas
Destapam-nos o céu
Mostram-nos as estrelas
Passeio na areia
E sigo o rasto do teu nome
Tão-pouco peço mais
O meu caminho é por onde vais

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Dois Destinos

Com um abraço mudei as estrelas e descansei-te desses passos perdidos
Dei-te pouco, uma almofada de penas, um tecto, e ganhei um amigo
Aquele destino, o teu, errante e sombrio, decidi que não podia ser assim
Mas não foi o único que mudou, o meu, já não sei como seria sem ti

Contigo enterro os meus problemas, és tão fácil de gostar
Gostar porque sim, gostar apenas, aprendi contigo a gostar por gostar
E no final, para quê palavras se um olhar basta, e o teu nem sabe fingir
Diz “obrigado!”, “sinto-me em casa!”, diz “vem daí!” e sorri

Quando mudei o teu destino, nem me apercebi
No dia em que te escolhi, também foi a mim que escolhi


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Picked You

First the dark, then a bang,
An explosion of light, my friend
Then an island with palm trees
Beautiful mountains and seven seas

It seems like God picked you up for me
One of His wonders and mysteries
It seems like God has picked you up for me
Lucky me, so lucky me

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Proibido

Meu amor tenta entender
que este lado sentimental
ocupa todo o meu ser
e é difícil desligá-lo.
Mesmo quando não estou contigo
o carinho sai perdido
para junto de quem apareça.

Verdes olhos que me chamam,
suaves rostos a pincel,
elas não sabem que te amo
e eu finjo que não sou teu.
É um jogo muito antigo
brincar com o proibido,
mas por fim é só contigo,
que este barco desventurado,
exausto, negado, tolhido,
aporta e se amarra à paz,
se inventa e se refaz.




Fevereiro 2004
faltavam as últimas linhas.. terminado hoje